Entenda o Mercado Financeiro da Literatura

Entenda como o mercado financeiro da literatura funciona no universo de investimentos da Biblioteca de Valores – A Bolsa dos Livros.

Conheça os principais fundamentos e conceitos que transformam títulos literários em ativos financeiros, autores em empresas e leitores em investidores.

por André Braga

Criador e Fundador

Introdução

Desde que comecei a divulgar o modelo de negócios que criei, a Biblioteca de Valores vem ganhando destaque, atraindo cada vez mais leitores e investidores interessados no assunto. Para muitas pessoas, o seu funcionamento ainda pode parecer diferente e difícil, porém, olhando mais de perto, é o sistema mais conhecido e fácil que existe. Basta colocar os títulos literários no lugar das ações, que a mesma operação acontece. Afinal, são os autores da literatura substituindo as empresas e os leitores ocupando a posição dos investidores. Como um mercado financeiro de publicações, sua plataforma de investimentos exibe a mesma estrutura de negociação, onde o conhecimento cumpre agora o papel de capital. 

Este guia foi elaborado por mim com o propósito de apresentar a Biblioteca de Valores aos leitores e investidores, pessoas que a partir de agora podem contar com o mercado de publicações como um novo mercado financeiro. Como um manual prático resumido, seu conteúdo exibe a Bolsa dos Livros como um sistema de investimentos onde o participante existe como protagonista da história.

• Acesso ao Capital Literário: reunir recursos para a execução de projetos pessoais ou coletivos, além de expandir suas operações no mercado de publicações e fora dele. Como ampliação de um destino para algo infinitamente maior, a abertura de sua carreira literária ao capital de investimentos se torna uma alternativa muito mais que efetiva e atraente. Ao fazer esse procedimento, o autor aumenta sua capacidade de obter recursos, para além daqueles que seriam obtidos com a venda de seus livros, pois agora emite títulos literários, que são colocados à venda no mercado financeiro da literatura. Com o dinheiro levantado, ao mesmo tempo em que pode realizar seus planos particulares, contribui com o crescimento e desenvolvimento do mercado de publicações como um negócio muito mais amplo e abrangente no mundo. 

• Liquidez Literária Patrimonial: assim como um texto é escrito para ter leitores e livros existem para servir de patrimônio cultural, é a certeza de que um autor entra no mercado de investimentos da literatura para conquistar liquidez literária patrimonial, transformando suas obras em um ativo financeiro com alta demanda e oferta, em um volume diário de negociação acima das expectativas, além de fazer com que seu legado desperte interesse dos investidores e seja procurado por seu valor cultural e comercial. É a conclusão de que suas publicações servirão não apenas como herança de satisfação intelectual, humana e espiritual, mas principalmente como um bem muito maior pela prosperidade, riqueza e fortuna que gera no mundo. 

• Visibilidade e Reconhecimento: em vista do montante de informações, notícias, dados, avisos e atualizações que são obrigados a prestar aos investidores, os autores com carreira literária aberta ao capital de investimentos costumam ganhar muito mais projeção e consideração perante os leitores do que aqueles que não ingressam na Biblioteca de Valores, pois sua obra passa agora a ser acompanhada de perto e com atenção regular pela comunidade de leitores que investem, espalhando a informação e notícia de seus títulos literários como fonte de
crescimento, valorização, rentabilidade e lucro. Esse ganho para a imagem de sua carreira literária permite ao autor negociar melhor suas publicações com a visibilidade e o reconhecimento que conquistou no mercado de investimentos da literatura. 

Mercado Primário 

Quando um título literário é negociado no mercado primário, representa a primeira oportunidade de aquisição pelos investidores, como se o ativo financeiro saísse direto do autor em sua escrivaninha, como responsável pela emissão, e fosse entregue diretamente às mãos do investidor, antes de passar pelo pregão aberto de negociação. Como maneira de oferecer esses títulos literários aos investidores está a OPLI – sigla em português para Oferta Pública Literária Inicial, modalidade de aquisição que marca a estréia do autor no mercado de investimentos da literatura. Além da OPLI, outro tipo de oferta pública no mercado primário são os chamados lançamentos posteriores, que representam novas emissões de ativos financeiros por autores que já estão listados na Biblioteca de Valores – A Bolsa dos Livros. 

Mercado Secundário 

O mercado secundário, por outro lado, é o cenário destinado à comercialização de títulos literários previamente adquiridos por investidores, o que representa a compra, a venda e a percepção de valor dos ativos financeiros no mercado de investimentos da literatura. Um investidor que, por qualquer justificativa, queira se desfazer de algum título literário e passá-lo adiante, tem a opção de tirá-lo do portfólio da estante de investimentos e ofertá-lo para outros investidores dispostos a adquiri-lo no pregão de negociações. É o 

sistema de compra e venda funcionando na Biblioteca de Valores, quando os títulos literários e o valor financeiro circulam entre investidores, sem a participação do autor como emissor dos ativos. É o comércio de ativos financeiros da literatura acontecendo o tempo inteiro na plataforma. 

Mercado de Prateleira 

O mercado de prateleira, também conhecido como mercado de literatura independente e emergente é onde acontece o comércio de títulos literários e demais ativos financeiros da literatura que não são negociados na Biblioteca de Valores principal. Como uma Bolsa dos Livros paralela, as operações também são registradas, fiscalizadas e supervisionadas pela CVL (Comissão de Valores Literários), porém os termos acertados entre as partes envolvidas não precisam ser tornadas públicas amplamente, de maneira constante e com tanta clareza como no mercado controlado pelo CABV (Conselho de Administração da Biblioteca de Valores). Embora sua operação ocorra igualmente dentro da plataforma de investimentos, seu comércio é mais livre e menos supervisionado, abrindo campo para um volume maior e mais alternativo de negócios, onde autores menos conhecidos podem angariar recursos de uma forma mais acessível aos investidores menores. Desse modo, no mercado de prateleira, ao contrário do que ocorre no pregão principal, a negociação é descentralizada e o ambiente funciona de maneira alternada, em um período oposto ao horário oficial de abertura e fechamento do primeiro leilão. Para os autores que não cumprem integralmente os critérios exigidos para serem listados no índice principal da Biblioteca de Valores, uma solução prática para chegar aos investidores é participar da Bolsa dos Livros paralela. É o mercado de investimentos da literatura dando oportunidade para todos os protagonistas, histórias e públicos. 

Com um número perto de 27 mil autores listados na Biblioteca de Valores, os títulos literários são os ativos financeiros tradicionalmente negociados para os investidores que querem participar da vida e da obra de autores com carreira aberta ao capital de investimentos. Para aqueles que desejam acompanhar o crescimento, a valorização, a rentabilidade e o lucro do mercado financeiro da literatura, comprá-los é a escolha mais recomendada. 

Como uma alternativa de rendimento e remuneração no mercado de investimentos da literatura, as opções de títulos literários são acordos financeiros que garantem ao proprietário a permissão, mas não a exigência, de adquirir ou negociar um ativo subjacente, como títulos literários, a um preço fixado antecipadamente (chamado de preço pactuado) dentro de um período estabelecido. Um exemplo prático disso seria a seguinte situação: um leitor acredita que a obra Hamlet, de William Shakespeare, por estar sendo adaptada para o cinema, se tornará novamente um best-seller e seu preço de mercado aumentará significativamente. Como um investidor atento, o leitor compra não apenas o ativo financeiro HAMLE27, mas também suas opções de títulos literários por R$5,00, que lhe garante o direito fixado de vender por R$15,00 na data estabelecida de 3 meses. Se o livro realmente se valorizar, após a estréia do filme, conforme estava previsto, e a opção de título literário passar a valer R$30,00, o investidor pode exercer seu direito, vendendo por R$30,00 e obtendo um lucro literário de R$25,00, em vez de apenas R$10,00, como estava predeterminado. 

Normalmente criados por um grupo de escritores influentes, os fundos literários de investimentos são negociados por cotas na Biblioteca de Valores, fazendo da Bolsa dos Livros um mercado aberto também para conglomerados financeiros fechados, onde a literatura é vista como um empreendimento coletivo, como patrimônio sendo administrado e gerido por mais de um autor. Como veículo de investimento que abrange muito mais leitores, onde os investidores aplicam seus recursos em um portfólio de literatura diversificado, os fundos literários de investimentos são controlados por gestores especializados que tomam decisões sobre quais ativos financeiros comprar ou vender, com o objetivo de alcançar a melhor rentabilidade e o máximo de lucro possível dentro do perfil e meta do grupo. Quando um leitor investe em um fundo literário de investimentos, ele está comprando cotas, onde cada cota representa sua participação proporcional no portfólio total. 

Os FIM – Fundos de Índices ou de Mercados, conforme são chamados, representam outro tipo de fundo literário com cotas negociadas na Biblioteca de Valores, fazendo da Bolsa dos Livros um sistema com muito mais alternativas de crescimento, valorização, rentabilidade e lucro. Nesse caso, os Fundos de Índices ou de Mercados replicam a estante de investimentos de um índice padrão, como o IBOLIVRO 405+ por exemplo (que é o índice das 405 obras mais reconhecidas no cânone da literatura, consideradas como os maiores e melhores ativos financeiros), ou pode ser também um fundo literário de um mercado de referência, como é o caso do Mercado de Literatura Independente, onde autores menos conhecidos têm seus títulos literários comercializados. Assim, na Biblioteca de Valores existem Fundos de Índices ou de Mercados de todo tipo, reproduzindo tudo aquilo que é negociado no mercado de investimentos da literatura. Como ativos financeiros comprados e vendidos durante o horário de pregão, os fundos de índices ou de mercado permitem que investidores diversifiquem suas estantes de investimentos de forma eficiente, aplicando recursos em uma gama de alternativas de maneira simples e com custos reduzidos. 

Diferentemente do que acontece no mercado de capitais tradicional, onde a especulação e a volatilidade determinam os rumos do crescimento, da valorização, da rentabilidade e do lucro, no mercado de investimentos da literatura o título literário como ativo financeiro é envolvido por uma série de fatores que definem não apenas seu preço de negociação, mas principalmente seu valor e sua virtude. Não é apenas a oferta e demanda estipulando o preço do ativo financeiro, muito mais que isso, é a percepção de valor do livro com a virtude artística da obra conduzindo os rumos da negociação. Muito mais que a fama e a fortuna de suas palavras, é o livro como algo rentável, justo e ético. Por ser o caminho de ouro da literatura como satisfação e riqueza, é a certeza de que o retorno financeiro maior existe para quem sabe mais. Afinal, num sistema onde a leitura aparece em primeiro lugar, a recompensa honesta nunca vai ficar em segundo plano. Para quem conhece os livros e sabe investir, o ganho tem agora o preço de valer a verdade da virtude. É o conhecimento como capital pelo bem da integridade. Com a Biblioteca de Valores os investidores enxergam notoriedade ao lado de credibilidade e autoridade, valorizando ainda mais aquilo que só o preço da virtude engrandece. 

Da mesma forma como ocorre no mercado de ações tradicional, os títulos literários são classificados em diferentes grupos de oferta, em função das propriedades que possuem e as vantagens que asseguram aos investidores da literatura. Os mais conhecidos são títulos literários ordinários, títulos literários preferenciais e títulos literários extraordinários.

Como principal característica do título literário ordinário está a participação ativa na carreira do autor, assegurando uma série de direitos que o escritor oferece de maneira única e exclusiva ao investidor, como um exemplar com autógrafo e dedicatória especial, um convite para um evento literário restrito ou mesmo a posse de alguma edição rara ou limitada. Ao adquirir um título literário ordinário, o investidor tem a garantia de algum acontecimento reservado por parte do autor em sua vida.

São ativos financeiros da literatura que têm a particularidade de assegurar a concessão de emolumentos, proporcionando ao investidor literário uma fonte de renda extra, segundo acordo estabelecido pelo próprio autor no ato de disponibilização do título literário ao mercado de investimentos da literatura. É uma vantagem econômica sobre os outros ativos financeiros, pois compensa o tempo que o investidor passou em posse do título literário, pagando uma remuneração constante em datas marcadas.

De todos os ativos financeiros negociados na Biblioteca de Valores, os títulos literários extraordinários são aqueles cujo preço atinge o maior patamar de valor e virtude na negociação, pois incluem a herança patrimonial do autor como compensação. Pela qualidade e importância dos benefícios que oferecem, são extremamente raros de se obter. Como papéis de investimento que dão aos investidores o direito de herança sobre o patrimônio bibliográfico do escritor, garantem a posse de tudo aquilo que constitui como bens materiais de sua carreira literária. São livros, manuscritos e rascunhos autorais, bem como itens pessoais de trabalho, assim como o espólio de sua biblioteca, quando for caso. Tudo previamente determinado pelo autor no acordo de oferta dos títulos literários extraordinários. 

Fazendo referência à cor do texto da logomarca da Biblioteca de Valores, livro azul é o selo de classificação para os títulos literários mais valiosos e com maior volume e liquidez no mercado de investimentos da literatura. Como conseqüência de estar representando uma obra consagrada, é um ativo financeiro emitido por um autor de grande porte e bem estabelecido, com resultados robustos constantes, tanto no curto como no médio e longo prazo, constituindo o item mais procurado durante o pregão, pois compõe os maiores e melhores índices de negociação.

Como um selo de classificação para títulos literários mais modestos, livro de bolso é o ativo financeiro de um autor com impacto reduzido no mercado de investimentos da literatura, por seu baixo preço, volume pequeno e liquidez limitada, significando que o título literário ofertado para compra e venda é pouco negociado, podendo apresentar volatilidade brusca, por ser um ativo propenso a gerar grande especulação. Normalmente encontrados em mercados alternativos ou de pouca visibilidade, servem de excelente aposta para investidores visionários ou mais ousados. Não à toa, muitos dos títulos literários que encontramos hoje como os maiores e melhores ativos financeiros da literatura, um dia foram meros livros de bolso no mercado de publicações.

Ofertas Literárias Primárias

Representando a entrada inicial de um autor no mercado de investimentos da literatura, ofertas literárias primárias é a venda de novos ativos financeiros. Como um ato obrigatório, sua operação é realizada para cada nova obra que o autor lança no mercado de publicações e pretende submeter aos investidores, inaugurando sua atuação no mercado de capitais. Parte do dinheiro levantado na emissão e venda desses títulos literários vai para o autor, enquanto que outra parte fica para a Biblioteca de Valores, como pagamento pelo serviço de avaliação, registro e abertura da carreira literária ao capital de investimentos. No caso dos recursos destinados à plataforma, seus valores servem para manutenção do sistema e financiamento de inovações e sua melhoria.

Ofertas Literárias Secundárias

Diferentemente das ofertas literárias primárias, as ofertas literárias secundárias representam uma venda de ativos financeiros que já existiam circulando no mercado de investimentos da literatura. É quando os investidores de um autor já listado na Biblioteca de Valores decidem vender parte de seus títulos literários ou a totalidade de seus ativos financeiros para outros investidores. Nesse caso, o valor obtido com a transação não vai para o autor, mas para os detentores dos títulos literários vendidos. Em vez de resultar na emissão de novos ativos financeiros, representam apenas uma transferência de propriedade dos títulos literários já existentes. Portanto, o número total de itens em circulação permanece inalterado após a conclusão de uma oferta literária secundária.

OPLI (Oferta Pública Literária Inicial)

Como o nome mesmo diz, OPLI (Oferta Pública Literária Inicial) são ativos financeiros que o autor oferece pela primeira vez ao mercado de investimentos da literatura. Ao contrário da oferta literária primária, onde títulos literários são criados para cada nova obra que o escritor publica, aqui estamos falando da abertura de sua carreira literária aos investidores. É o começo de sua jornada na Biblioteca de Valores – A Bolsa dos Livros. Para compreender melhor a diferença, basta entender que um autor não pode realizar uma oferta literária primária sem que antes tenha feito uma OPLI (Oferta Pública Literária Inicial).

Entendendo os Códigos de Negociação dos Títulos Literários

Nem o melhor investidor do mundo entenderá o mercado de investimentos da literatura, se não tiver uma compreensão completa sobre o significado que existe em cada código de título literário negociado, pois é o entendimento desse código de negociação que dá sentido ao preço, à valorização e à virtude do ativo financeiro.

Composto por cinco letras, que representam o nome da obra, além de um a dois algarismos no final, dependendo da classificação do texto segundo critérios de qualidade estabelecidos pela Biblioteca de Valores, o código de negociação pode ir do número 1 ao número 27, que é a nota máxima obtida. Reunido em 27 fatores que determinam o preço, o valor e a virtude de cada título literário, esse índice de qualidade tem como objetivo garantir que o ativo financeiro da literatura seja precificado, valorizado e estimado por atributos muito mais valiosos que a força da oferta e demanda do mercado.

Assim, o código de negociação HAMLE27, por exemplo, faz referência à obra Hamlet, de William Shakespeare, com seu número 27 no final representando a nota máxima que obteve na Biblioteca de Valores, pois seu título literário possui não apenas o preço de mercado, determinado pela força da oferta e da demanda, mas também valores e virtudes que transcendem a negociação. Dessa forma, o mercado de investimentos da literatura assegura que em seu sistema financeiro não se trata apenas de dinheiro, mas de dar ao conhecimento o valor que ele realmente merece pela virtude que possui.

Biblioteca de Valores principal

09h27 às 10h - Prefácio de abertura.

10h às 15h27 - Negociação literária ininterrupta.

15h27 às 16h - Prólogo de fechamento.

Bolsa dos Livros paralela

18h27 às 19h - Prefácio de abertura.

19h às 21h27 - Negociação literária ininterrupta

21h27 às 22h - Prólogo de fechamento

Parada de Revisão

Semelhante ao que ocorre no mercado de capitais tradicional, em situações muito especiais, como fatos dramáticos que afetam e prejudicam o correto desempenho do mercado de investimentos da literatura, o pregão da Biblioteca de Valores pode ser suspenso a qualquer instante, sem necessidade de aviso antecipado, como forma de preservar o seu sistema de causas e danos externos. É um mecanismo automático de proteção e segurança, pois defende os investidores e seu patrimônio de variações não ocasionadas por fatores do próprio mercado, permitindo que os investidores tenham tempo de se recompor com tranquilidade e estruturar seus planos de ação depois de passarem por um momento crítico.

Proventos